"Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma, despertarás
o interesse de alguém.
Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até
buscarão hostilizar-te.
Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes.
Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento
fraterno.
Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em
que estagia.
Como há carência de amigos e abundância de problemas, as
criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando por encontrar
compreensão.
Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente.
*
Concede, a quem chega, a honra de o ouvir.
Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes
para ele.
Silencia e ouve.
Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos.
Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma
a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre corretamente.
Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade
e descarregue a tensão, o sofrimento...
No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura
de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar."
("Episódios Diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)
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