quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"RESPOSTAS DO ALTO"


"Existiu um homem que ansiava de tal modo encontrar o Cristo de Deus que foi
amplamente observado por Ele, passando a ser acompanhado por vários Mensageiros da
Vida Maior com especial atenção.
No afã de integrar-se no trabalho do Excelso Amigo, esmerou-se o devoto nas
petições.
Queria viver com Jesus, entregar-se a Jesus e interpretar Jesus... E propunha-se
a obter tudo isso com urgência.
Alvoroçado, notou que começava para ele longa série de surpresas.
Pediu saúde, a fim de agir com intensidade, mas a vida lhe trouxe a doença.
Rogou um corpo belo e atraente, no entanto, num momento difícil, foi
prejudicado no rosto, apresentando-se, desse modo, com a face deformada.
Solicitou dinheiro farto, entretanto, unicamente conseguiu o trabalho sacrificial
que lhe garantia a aquisição do extremamente necessário.
Quis formar um grupo de companheiro que lhe partilhassem as atividades na
lavoura do bem, contudo não apareceu ninguém que se dispusesse a segui-lo,
obrigando-se por isso, a sair sozinho para atender às súplicas de pessoas infelizes que
lhe rogavam o benefício da prece.
Insistiu, através de repetidas orações, para que o Céu lhe concedesse um clima
de paz que lhe facilitasse a execução e encargos determinados, mas viveu cercado de
perseguições e conflitos, perturbações e sarcasmos que lhe flagelavam a existência.
De corpo envelhecido, certo dia, viu a morte chegando, de manso, apagando-lhe
as pupilas.
Ele despertou do grande sono de que se via objeto e viu Jesus que o esperava.
O companheiro se desconcertou e falou, dizendo:
_ Senhor, desejei tanto servir-te, mas tudo em meu caminho terrestre me foi
contra. Qual teria sido, Senhor, a potestade das trevas que me atormentou a vida
inteira?
O Celeste Benfeitor, entretanto, esclareceu, com serenidade:
_ Fui eu mesmo quem te enviou a doença e a deformidade física, a pobreza e a
solidão...
_ E por quê? _ Suspirou o devoto recém-desencarnado.
Jesus, porém, respondeu com sabedoria:
_ Disseste tantas vezes que me desejavas a presença e a intimidade, a fim de
trabalharmos juntos que, sem os auxiliares aos quais te confiei, não conseguirias
caminhar com segurança, para doar-me à felicidade de conviver comigo."

(Meimei, na obra "Fé", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

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