quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"ILUMINEMOS O CORAÇÃO"


"Iluminemos o coração, com a lâmpada acesa do amor, cada vez que a
nossa palavra se dirija aos irmãos desencarnados, ainda presos à turvação de
consciência.
Lembremo-nos de que nos achamos, à frente de enfermos,
requisitando-nos compreensão e carinho.
Quem se atreveria, em nome da bondade, a cercar um náufrago
desditoso com o manto opressivo da curiosidade descaridosa, ao invés de
oferecer-lhe pronto socorro? Não lhe bastaria o tormento da inquietação nas
ondas escuras da morte?
Quem se dispõe ao amparo dos espíritos amargurados, em desânimo e
desespero, precisará erguer a própria alma à sublimidade do amor mais puro,
a fim de socorrer com proveito.
Muitas vezes, as objurgatórias e reprimendas dos grandes juízes não
conseguem, junto dos irmãos transviados, um centímetro de renovação
edificante, suscetível de ser alcançada pelo estímulo carinhoso de uma simples
frase paternal.
Todos possuímos desafetos do passado.
A Terra ainda não é residência das almas quitadas com a Lei.
Todos somos devedores ou doentes em reajuste.
Por isso mesmo, em nos comunicando com os adversários ou
companheiros do pretérito ou do presente, mergulhemos a alma na fonte
cristalina da boa vontade com Jesus, para que as nossas palavras não soem
debalde.
Só o amor atravessa as paredes compactas do cárcere em que a
ignorância se aguilhoa à penúria de espírito, conduzindo aos antros sombrios
de nossos débitos a santificante claridade da libertação."

("Sentinelas da Alma", Meimei/Francisco Cândido Xavier)

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