"A miséria sócio-econômica, que entulha as avenidas do mundo,
mistura-se à de natureza moral, que atulha os edifícios e residências
de luxo como os guetos da promiscuidade libertina.
O que podes fazer, parece-te quase sem sentido ou significação,
tão grande e volumoso é o problema. Apesar disso, não te
escuses de auxiliar.
Se não consegues ir à causa do problema, minimiza-lhe os efeitos.
Desde que não podes erradicar, de um golpe, a fome, a enfermidade,
a ignorância, contribui com a tua quota de amor, por
mínima que seja.
Sempre podes dividir do que possuis, com aquele que nada
tem.
Quando repartes com amor, multiplicas a esperança, favorecendo
a alegria.
Menos tem, aquele que se nega a doar algo.
*
Afirma-se que esse gesto de amor gera o paternalismo, promove
o vício...
Não têm razão os que assim informam.
Muitos males e alguns crimes são abortados quando uma atitude
de amor interrompe o passo do infeliz que padece fome,
desespero e dor...
Somente quem aprende a abrir a mão, descerra o bolso, terminando
por oferecer o coração.
Faze o que te esteja ao alcance e a vida fará o resto."
("Episódios Diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)
Sem comentários:
Enviar um comentário