"Virtude, quanto acontece à pedra preciosa lapidada, não surgirá no mostruário
de nossas realizações sem burilamento e sem sacrifício.
Se desejamos construí-la, em nossos corações, é imprescindível não nos
acovardemos diante das oportunidades que o mundo nos oferece.
Sem resistência deliberada ao desespero, não entesouraremos a paciência.
Sem controle do temperamento impulsivo, não alcançaremos a serenidade.
Sem vitória sobre os reptis da dúvida ou da suspeita, em nosso campo íntimo,
não edificaremos a fé.
Sem renúncia não experimentaremos o amor puro,
Sem gentileza não asilaremos a bondade.
Sem o silêncio bem vivido, não atingiremos a harmonia mental.
Sem espírito de serviço, em favor dos semelhantes, não criaremos os valores da
simpatia.
Sem firmeza em nossas atitudes, não chega-remos ao conhecimento da
verdade.
Sem atenção para com a nossa própria consciência, não acenderemos a luz do
respeito em torno de nós.
Sem tolerância à frente da calúnia, não alcançaremos a fortaleza.
Sem boa vontade, inutilmente apelaremos para o entendimento e para a união.
Recordemos que o trabalho e a luta são os escultores de Deus, criando em nós
as obras-primas da vida.
Quem pretende, porém, a fuga e o repouso indébitos, certamente desistirá, por
tempo indefinido, do esforço de aprimoramento, transformando-se em sombra entre as
sombras da estagnação e da morte."
(Emmanuel, na obra "Correio Fraterno", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)
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