"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus”.
JOÃO. (I João, 4:7.).
"No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar.
Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde
para com as faltas do companheiro; na renúncia materno do coração que se oculta,
aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário
doméstico; no homem reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe
tributos de aflição; nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura
incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da terra não
conseguiria jamais resgatar.
No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e
os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que
sabem sorrir nas horas graves ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem
seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.
No campo social é a desistência da pergunta maliciosa; a abstenção dos pensamentos
indignos; o respeito sincero e constante; a frase amiga e generosa; e o gesto de
compreensão que se exprime sem paga.
Na via pública é a gentileza que ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação
de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera
de nós muita vez sem coragem de endereçar-nos qualquer apelo.
Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o
ambiente em que o Senhor situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o
ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido, porquanto, no dia em que todos nos
consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará
desfalecer de angústia nos cárceres das provações terrenas, de vez que a fraternidade
estará reinando conosco na exaltação da perfeita alegria."
("Ceifa de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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