—
Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me escrava...
Tenho um filho que incessantemente me fere o coração... Esperei-o com os
melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto, encontro nele o meu
suplício. Por que isso, Amado Amigo? por que tanto sofrimento em troca de
tamanha abnegação?
O
Eterno Benfeitor acariciou-lhe a cabeça dolorida e
explicou:
—
Filha, só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do tronco se a terra
não o suportasse ou do ninho sem que a ramada lhe resguardasse a
esperança?
—
Mas, Senhor, e comigo?!... Quem teria colocado em meus braços semelhante
martírio? quem talvez, por engano, terá situado em meu peito esse filho difícil
e indiferente, acreditando que o meu amor de mulher ignorante e frágil
conseguisse educá-lo?
Foi então, com grande surpresa, que a pobre mãe escutou
de Jesus estas simples palavras:—
— Minha filha, fui eu."
("Amizade", Meimei/Francisco Cândido Xavier)
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