domingo, 29 de julho de 2012

"AÇÕES E REAÇÕES"


"Ante a coleção das boas ações de alguém é forçoso se lhe analisem igualmente as

reações diante da vida. Um e outro lado do bem.

* * *

Doarás o prato substancioso a quem te bate à porta em penúria; mas não se te azedará o

coração, se o beneficiário te fere com palavras de incompreensão e desequilíbrio.

Ofertarás tua própria alma, a favor dos amigos, aos quais te devotas; entretanto, se algum

deles te malversa os tesouros afetivos que lhe puseste ao dispor, abençoá-lo-ás, como

sempre o fizeste, conquanto nem sempre lhe possas compartilhar, de imediato, a

intimidade ou a convivência.

* * *

Atenderás ao impositivo de auxiliar os companheiros que se te aderem aos pontos de

vista; no entanto, aprenderás a respeitar os adversários e a reverenciar as qualidades

edificantes de que se façam portadores.

* * *

Exteriorizarás entusiasmo e alegria, nas horas belas da estrada; todavia, demonstrarás

coragem e paciência, nos dias amargos, quando tudo pareça despedaçar-te os sonhos e

aniquilar-te as esperanças.

* * *

Tuas ações constituem recursos que sorveste na organização crediária da vida.

Tuas reações, porém, são as garantias que lhes preservam a estabilidade ou os golpes

que lhes desmerecem o valor, conforme o bem ou o mal a que te afeiçoes.

Se as tuas reações forem constantemente elevadas, decerto que as tuas realizações

serão sempre respeitáveis e dignas.

* * *

Pelas ações somos retratados, segundo as tintas da opinião de cada um.

Pelas reações somos vistos em nossa estrutura autêntica.

* * *

Provas, aflições, problemas e dificuldades se erigem na existência, como sendo

patrimônio de todos. O que nos diferencia, uns diante dos outros, é a nossa maneira

peculiar de apreciá-los e recebê-los.

Anotemos semelhante realidade, porquanto, em nos consagrando ao exercício real da

caridade, a benefício do próximo e a favor de nós mesmos, é indispensável nos

mantenhamos vinculados aos ensinamentos do Cristo, na hora de agir e de reagir."

("Rumo Certo", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"AO AMANHECER"


Dia novo, oportunidade renovada.

Cada amanhecer representa divina concessão que não podes

nem deves desconsiderar.

Mantém, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos

que devem ser enfrentados;

otimismo diante das ocorrências que surgirão;

coragem no confronto das lutas naturais;

recomeço de tarefa interrompida;

ocasião de realizar o programa planejado.

Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que

parecem inalcançáveis.

À medida que o dia avança, aproveita os minutos, sem pressa

nem postergação do dever.


*

Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens

pela frente.

Dirige cada ação à sua finalidade específica.

Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos

desagradáveis, volve à lição com disposição, avançando,

passo a passo, até o momento de conclusão dos deveres

planejados.
Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos.


Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem

passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão

recurso valioso para a vitória que buscas.

("Episódios Diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"MÃOS À OBRA"






“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.”
Paulo (I Coríntios, 14:26)





"A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.


O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo,na revivescência do Evangelho.


Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.


Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.


Por quê?


Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.


Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.


Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade,no sentido de conhecer a vida e elevar-se.


Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável."

("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 17 de julho de 2012

"AMBIENTES"




"Importante pensar que não apenas termos o que damos, mas igualmente viveremos naquilo que proporcionamos aos outros.
Daí o impositivo de doarmos tão somente o bem, integralmente o bem.

Se em determinada faixa de tempo criamos a alegria para os nossos semelhantes e criamos para eles o sofrimento em outra faixa, nossa existência estará dividida entre felicidade e desventura, porque teremos trazido uma e outra ao nosso convívio, arruinando valiosas oportunidades de serviço e elevacão.
Se oferecemos azedume, é óbvio que avinagraremos o sentimento de quem nos acolhe, reavendo, em câmbio inevitável, o mesmo clima vibratório, como quem recolhe água inconveniente para a propria sede, após agitar o fundo do poçoo, de cuja colaboracão necessite.
Se atiramos crítica e ironia a face do próximo, de outro ambiente não disporemos para viver senão aquele que se desmanda em sarcasmo e censura.
Certifiquemo-nos de que não somente as pessoas, mas os ambientes também respondem. Queiramos ou não, somos constrangidos a viver no clima espiritual que nós mesmos formamos.

Pacifiquemos e seremos pacificados.

Auxilia e colherás auxilio.

Tudo que espiritualmente verte de nós, regressa a nós, “Dá e dar-se-te-á”, ― asseverou Jesus. O ensinamento não prevalece tão só nos dominios da dádiva material
propriamente considerada. Do que dermos aos outros, a vida fatalmente nos dá."
("Alma e Coração", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)



quinta-feira, 5 de julho de 2012

CONVITE À DECISÃO


“Nenhum servo pode servir a dois senhores.”
(Lucas: capítulo 16º, versículo 13.)


"Será possível o consórcio da Espiritualidade com as ambições mundanas?

Será crível amar as estrelas e demorar-se no charco?

Pode-se estudar o bem e cultivar a ilusão?

Permite-se o concurso da saúde no organismo debilitado?

É factível a dedicação à caridade e o comércio com a rebeldia?

Disse Jesus com propriedade inalterável: —“Não se serve bem a dois senhores.”
Sem dúvida não nos encontramos diante da necessidade de construir comunidades novas em que a ojeriza ao mundo se patenteie pela fuga aos cometimentos humanos. Não estamos diante de uma imposição para que se edifiquem células quistosas no organismo social, em que os seus membros se transformem em marginais da vida contemporânea. Desejamos aclarar quanto à necessidade de que aquele que encontrou a rota luminosa da Verdade, por um princípio de coerência natural, não se deve permitir engodos.

Desde que não se podem coadunar realidades que se contrapõem, tu que conheces os objetivos da vida não deves permitir fixações e posições falsas que já deverias ter abandonado a benefício da paz interior, enquanto conivindo com atitudes dúbias, navegando no mar das indecisões, estarás na crista e nas baixadas das ondas das dúvidas sob as contingências das posições emocionais em atropelo.
O convite do Cristo tem sido sempre imperioso. Tomando-se da charrua não se deve olhar para trás. Diante do desejo da retificação, marchar para o bem e não tornar ao pecado...

Imprescindível decidas o que desejas da vida, como conduzires a vida, qual a idéia que fazes da vida e por fim marcha na direção da Vida que venhas a eleger como rota para a verdadeira Vida."

("Convites da Vida", Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)


terça-feira, 3 de julho de 2012

"A RETRIBUIÇÃO"

" Pedro disse-lhe:
— E nós que deixamos tudo e te
seguimos que receberemos?"
(Mateus, 19:27)
 

A pergunta do apóstolo exprime a atitude de muitos corações nos templos
religiosos.
Consagra-se
o homem a determinado círculo de fé e clama, de imediato:
— "Que receberei?"
A resposta, porém, se derrama silenciosa, através da própria vida.
Que recebe o grão maduro, após a colheita?
O triturador que o ajuda a purificarse.
Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre?
O fermento que a transforma para a utilidade geral.
Que privilégio caracteriza o pão, depois do forno?
A graça de servir.
Não se formam cristãos para adornos vivos do mundo e sim para a ação
regeneradora e santificante da existência.
Outrora, os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos
e, com eles, se rodeavam de gratificações de natureza física, com as quais
abreviavam a própria morte.
Em Cristo, contudo, o quadro é diverso.
Vencemos, em’ companhia dele, para nos fazermos irmãos de quantos nos
partilham a experiência, guardando a obrigação de amparálos
e ser-lhes
úteis.
Simão Pedro, que desejou saber qual lhe seria a recompensa pela adesão à
Boa Nova, viu, de perto, a necessidade da renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a
fé, maiores testemunhos de amor à Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais
conhecimento adquiriu, a mais ampla caridade foi constrangido, até o sacrifício
extremo.
Se deixaste, pois, por devoção a Jesus, os laços que te prendiam às zonas
inferiores da vida, recorda que, por felicidade tua, recebeste do Céu a honra de
ajudar, a prerrogativa de entender e a glória de servir.

("Fonte Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

domingo, 1 de julho de 2012

"ALGUÉM HOJE"

"...Organiza as tuas prateleiras de bondade e serve esperança e coragem aos que te
busquem apoio.
 
Alguém hoje ainda talvez te procure pedindo auxílio.
Alguém que provavelmente não fale, mas trará nos olhos ou nos próprios atos a
súplica de amparo que a palavra nem sempre diz.
Alguém que terá errado, a rogar-te um gesto de simpatia, a fim de retificar-se;
que se vê sob o frio da angústia, esmolando segurança; que haverá perdido afeições
inesquecíveis no novoeiro da morte, a implorar-te reconforto; que padecerá solidão,
mendigando alguns momentos de companhia...
Não te afirmes incapaz, nem te digas inútil.
Auxilia como puderes.
O Céu saberá usar-te.
Organiza as tuas prateleiras de bondade e serve esperança e coragem aos que
te busquem apoio.
Oferece-te para o trabalho do bem, como te encontras e tal qual és, fazendo o
melhor de tí.
NÃO TEMAS. SE DESEJAS RENOVAÇÃO E SE TENS FÉ, podes claramente entrar
no serviço ao próximo, a colaborar no supermercado da luz, entregando as bênçãos de
Deus."

("Amizade", Meimei/Francisco Cândido Xavier)