sábado, 28 de abril de 2012

"ORAÇÃO DO APRENDIZ"

"Senhor !
Em tudo quanto eu te peça, conquanto agradeça a infinita bondade com que me atendes.
Não consideres o que eu te rogue, mas aquilo de que eu mais necessite.
E quando me concederes aquilo de que eu mais precise, ensina-me a usar a tua concessão, não só em meu proveito, mas
em benefício dos outros, a fim de que eu seja feliz com a tua dádiva, sem prejudicar a ninguém.
"

(André Luiz, na obra "Duzentas Mensagens", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

"O QUE MAIS SOFREMOS"

"O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos,
desenvolvemos e sustentamos contra nós.
"

(Albino Teixeira, na obra "Duzentas Mensagens", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"SEGUINDO À FRENTE"

“Assim que se alguém está em Cristo nova criatura é...”
-Paulo. (II Coríntios, 5:17.)
 

"Dificuldades, fracassos, conflitos e frustações... Possivelmente, faceaste tudo isso restando-te
unicamente largo rescaldo de pessimismo.
Apesar de tudo, a vida te busca a novas empresas de trabalho e renovação.
O sol brilha, o mar de oxigênio te refaz energias, o progresso trabalha, o chão produz e
parece que a noite se te abriga no ser.
Ergue-te em espírito e empreende a jornada nova.
Uma estrada se continua em outra estrada, uma fonte associa-se à outra.
Tens contigo a riqueza do tempo a esperar-te na aplicação dela própria, a fim de que a
felicidade te favoreça.
Varre os escaninhos da alma, expurgando-te lembranças amargas e deixa que a luz do
presente consiga alcançar-te por dentro das próprias forças.
Renova-te e segue adiante, trabalhando e servindo. E à medida que avances, caminho
afora, entre a bênção de compreender e o contentamento de ser útil, perceberás que todos
os obstáculos e sombras de ontem se fizerem lições e experiências, enriquecendo-te o
coração de segurança e de alegria para que sigas em paz, no rumo de conquistas
imperecíveis, ante o novo amanhecer.


("Ceifa de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

"NO REINO INTERIOR"

“Sigamos, pois, as coisas que contribuem para a paz e
para a edificação de uns para com os outros.”
Paulo (Romanos, 14:19)
 

"Não podemos esperar, por enquanto, que o Evangelho de Jesus obtenha
vitória imediata no espírito dos povos. A influência dele é manifesta no mundo, em
todas as coletividades; entretanto, em nos referindo às massas humanas, somos
compelidos a verificar que toda transformação é vagarosa e difícil.
Não acontece o mesmo, porém, na esfera particular do discípulo.
Cada espírito possui o seu reino de sentimentos e raciocínios, ações e
reações, possibilidades e tendências, pensamentos e criações.
Nesse plano, o ensino evangélico pode exteriorizarse
em obras imediatas.
Bastará que o aprendiz se afeiçoe ao Mestre.
Enquanto o trabalhador espia questões do mundo externo, o serviço estará
perturbado. De igual maneira, se o discípulo não atende às diretrizes que servem à
paz edificante, no lugar onde permanece, e se não aproveita os recursos em mão para
concretizar a verdadeira fraternidade, seu reino interno estará dividido e
atormentado, sob a tormenta forte.
Não nos entreguemos, portanto, ao desequilíbrio de forças em homenagens
ao mal, através de comentários alusivos à deficiência de muitos dos nossos irmãos,
cujo barco ainda não aportou à praia do justo entendimento.
O caminho é infinito e o Pai vela por todos.
Auxiliemos e edifiquemos.
Se és discípulo do Senhor, aproveita a oportunidade na construção do bem.
Semeando paz, colherás harmonia; santificando as horas com o Cristo, jamais
conhecerás o desamparo.
"

("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SEMPRE QUE NOS SINTAMOS DESANIMADOS

Sempre que nos sintamos desanimados, pensemos em todos aqueles que estão em pior situação e oremos por eles.

domingo, 22 de abril de 2012

"A VINHA"

“E disse-lhes:
Ide vós também para a vinha e dar-vos-ei
o que for justo. E eles foram.”
(Mateus, 20:4)
Ninguém poderá pensar numa Terra cheia de beleza e possibilidades, mas
vogando ao léu na imensidade universal.
O Planeta não é um barco desgovernado. As coletividades humanas
costumam cair em desordem, mas as leis que presidem aos destinos da Casa
Terrestre se expressam com absoluta harmonia.
Essa verificação nos ajuda a compreender que a Terra é a vinha de Jesus.
Aí, vemolo
trabalhando desde a aurora dos séculos e aí assistimos à transformação
das criaturas, que, de experiência a experiência, se lhe integram no divino amor.
A formosa parábola dos servidores envolve conceitos profundos.
Em essência, designa o local dos serviços humanos e refere-se
ao volume
de obrigações que os aprendizes receberam do Mestre Divino.
Por enquanto, os homens guardam a ilusão de que o orbe pode ser o tablado
de hegemonias raciais ou políticas, mas perceberão em tempo o clamoroso engano,
porque todos os filhos da razão, corporificados na Crosta da Terra, trazem consigo a
tarefa de contribuir para que se efetue um padrão de vida mais elevado no recanto
em que agem transitoriamente.
Onde quer que estejas, recorda que te encontras na Vinha do Cristo.
Vives sitiado pela dificuldade e pelo infortúnio?
Trabalha para o bem geral, mesmo assim, porque o Senhor concedeu a cada
cooperador o material conveniente e justo.

("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"COOPEREMOS FIELMENTE"

“Pois somos cooperadores de Deus.”
Paulo (I Coríntios, 3:9)
O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador
d’Ele.
Deus visita a criatura pela própria criatura.
Almas cerradas sobre si mesmas declararseão
incapazes de serviços
nobres; afirmar-se-ão
empobrecidas ou incompetentes.
Há companheiros que atingem o disparate de se proclamarem tão pecadores
e tão maus que se sentem inabilitados a qualquer espécie de concurso sadio na obra
cristã, como se os devedores e os ignorantes não necessitassem trabalhar na própria
melhoria.
As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem
constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão pode identificar a
chamada para o serviço divino.
Cultivemos o bem, eliminando o mal.
Façamos luz onde a treva domine.
Conduzamos harmonia às zonas em discórdia.
Ajudemos a ignorância com o esclarecimento fraterno.
Seja o amor ao próximo nossa base essencial em toda construção no
caminho evolutivo.
Até agora, temos sido pesados à economia da vida.
Filhos perdulários, ante o Orçamento Divino, temos despendido preciosas
energias em numerosas existências, desviando-as
para o terreno escuro das
retificações difíceis ou do cárcere expiatório.
Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por
“acréscimo de misericórdia”, já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no
desempenho de nossa tarefa humilde.


("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"AINDA QUANDO"

"Sim, meus amigos, recordemos a palavra de Paulo, o apóstolo da libertação
espiritual.
Ainda quando senhoreássemos todos os idiomas de comunicação entre os
homens e os anjos, na Terra e nos Céus, e não tivermos caridade...
Ainda quando possuíssemos as chaves do conhecimento universal para descerrar
todas as portas das grandes revelações e não tivermos caridade...
Se conquistássemos as maiores distâncias atingindo outros planetas e outras
humanidades no Império Cósmico e não tivermos caridade...
Ainda quando enfeixássemos nas mãos todos os poderes da ciência com a
possibilidade de comandar tanto os movimentos do Macroscomo, quanto a força
dos átomos e não tivermos caridade...
Ainda quando conseguíssemos dominar a profecia e enxergar no futuro todos os
passos das nações porvindouras e não tivermos caridade...
Então, de nada terão valido para nós outros as vitórias da inteligência, porque,
sem amor, permaneceremos ilhados em nossa própria inferioridade, inabilitados
para qualquer ascensão à felicidade verdadeira com as bênçãos da Luz.
"

(Batuíra, na obra "Coragem", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

domingo, 15 de abril de 2012

"LEGENDA ESPÍRITA"

"Cap. XV – Item 10"
 

"O cultivador é conduzido ao pântano para convertê-lo em terra
fértil.
O técnico é convidado ao motor em desajuste para sanar-lhe os
defeitos.
O médico é solicitado ao enfermo para a benção da cura.
O professor é trazido ao analfabeto para auxiliá-lo na escola.
Entretanto, nem as feridas da terra, nem os desequilíbrios da
máquina, nem as chagas do corpo e nem as sombras da inteligência
se desfazem à custa de conversas amargas e, sim, ao preço de
trabalho e devotamento.
O espírita cristão é chamado aos problemas do mundo, a fim
de ajudar-lhes a solução; contudo, para atender em semelhante
mister, há que silenciar discórdia e censura e alongar entendimento
e serviço.
É por essa razão que interpretando o conceito “salvar” por “livrar
da ruína” ou “preservar do perigo”, colocou Allan Kardec, no
luminoso portal da Doutrina Espírita, a sua legenda inesquecível:
– ”Fora da caridade não há salvação.”


(Bezerra de Menezes, na obra "O Espírito da Verdade", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"AUTO-APRIMORAMENTO"

"Tanto quanto sustentamos confidências menos felizes com os outros, alimentamos
aqueles do mesmo gênero de nós para nós mesmos.
Como vencer os nossos conflitos interiores? De que modo eliminar as tendências menos
construtivas que ainda nos caracterizam a individualidade? - indagamo-nos.
De que modo esparzir a luz se muitas vezes ainda nos afinamos com a sombra?
E perdemos tempo longo na introspecção sem proveito, da qual nos afastamos
insatisfeitos ou tristes.
Ponderemos, entretanto que os doentes estivessem proibidos de trabalhar, segundo as
possibilidades que lhes são próprias, e se os benefícios da escola fossem vedados aos
ignorantes, não restaria à civilização outra alternativa que não a de se extinguir, deixandose
invadir pelos atributos da selva.
* * *
Felicitemo-nos pelo fato de já conhecer as nossas fraquezas e defini-las. Isso constitui um
passo muito importante no Progresso Espiritual, porque, com isso, já não mais ignoramos
onde e como atuar em auxílio da própria cura e burilamento.
Que somos espíritos endividados perante as Leis Divinas, em nos reportando a nós
outros, os companheiros em evolução na Terra, não padece dúvida.
Urge, porém, saber como facear construtivamente as necessidades e problemas do
mundo íntimo.
Reconhecemo-nos falhos, em nos referindo aos valores da alma, ante a Vida Superior,
mas abstenhamo-nos de chorar inutilmente no beco da auto piedade. Ao invés disso,
trabalhemos na edificação do bem de todos.
* * *
Cultura é a soma de lições infinitamente repetitivas no tempo.
Virtude é o resultado de experiências incomensuravelmente recapituladas na vida.
Jesus, O Mestre dos Mestres, apresenta uma chave simples para que se lhe identifiquem
os legítimos seguidores: “conhecê-los-eis pelos frutos”.
Observemos o que estamos realizando com o tesouro das horas e de que espécie são as
nossas ações, a benefício dos semelhantes. E, procurando aceitar-nos como somos, sem
subterfúgios ou escapatórias, evitemos estragar-nos com queixas e auto condenação,
diligenciando buscar, isto sim, agir, servir e melhorar-nos sempre.
Em tudo o que sentirmos, pensarmos, falarmos ou fizermos, doemos aos outros o melhor
de nós, porque Deus nos conhecerá pelos bons frutos que produzirmos."


("Rumo Certo", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"AINDA"

"Dizes que chegaste a extremo cansaço...
Sofres sob o peso de moléstia implacável...
Choras a ausência de pessoas queridas...
Ampliou-se-te a carga de obrigações...
Lutaste por muito tempo, sem encontrar a realização de teus mais altos ideais...
A incompreensão alheia te trouxe problemas difíceis de resolver...
Companheiros debandaram...
Prejuízos te marcam os dias...
Provações chegaram de improviso...
Afirmas que a solidão te acabrunha...
Declaras que tudo perdeste...
Entretanto, não te rendas ao desespero...
Lembra-te: ainda tens Deus.
"

(Emmanuel, na obra "Fé", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

"VIDA E MORTE"

"A vida é luz, doação, alegria e movimento.
A morte é sombra, egoísmo, desalento e inércia.
Analisa as forças vivas que te rodeiam e observarás a natureza a desfazer-se em
cânticos de trabalho e de amor, assegurando-te bem estar.
É a árvore a crescer na produção intensiva, o manancial em atividade constante
para garantir-te a existência, a atmosfera a refazer sem cessar os elementos com
que te preserva a saúde e o equilíbrio..
Mas, não longe de ti podes ver igualmente a morte no poço estagnado em que as
águas se corrompem, na enxada inútil que a ferrugem devora, no fruto
desaproveitado que a corrupção desagrega..
Depende de ti acordar e viver, valorizando o tempo que o Senhor te confere,
estendendo o dom de auxiliar e aprender, amar e servir.
Muitos nascem e renascem no corpo físico, transitando da infância para a velhice
e do túmulo para o berço, à maneira de almas entorpecidas no egoísmo e na
rebelião, na ociosidade ou na delinqüência, a que irrefletidamente se acolhem.
Absorvem os recursos da Terra sem retribuição, recebem sem dar, exigem
concurso alheio sem qualquer impulso de cooperação em favor dos outros e
vampirizam as forças que encontram, quais sorvedouros que tudo consomem sem
qualquer proveito para o mundo que os agasalha.
Semelhantes companheiros são realmente os mortos dignos de socorro e de
piedade, porquanto à distância da luz que lhes cabe inflamar em si próprios,
preferem o mergulho na inutilidade, acomodando-se com as trevas.
Lembra os talentos com que Deus te enobrece o sentimento e o raciocínio, o
cérebro e o coração e, fazendo verter o Brilho do Bem, através de teu verbo e de
tuas mãos, desperta e vive, para que, das experiências fragmentárias do
aprendizado humano, possas, um dia, alçar vôo firme em direção da Vida
Imperecível.
"

(Emmanuel, na obra "Coragem", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 10 de abril de 2012

"MÉDIUNS E MEDIUNIDADES"


"Cap. XXVI – Item 10"

"No falso pressuposto de que haja médiuns e mediunidades
mais importantes entre si, recordemos o velho apólogo que Menênio
Agripa contou ao povo amotinado de Roma, a fim de sossegarlhe
o espírito em discórdia.
“Se o cérebro, por reter a ideação fulgurante, desprezasse o estômago
ocupado na tarefa obscura da digestão, a cabeça não conseguiria
pensar; se os olhos, por refletirem a luz, declarassem
guerra aos intestinos por serem eles vasos seletores de resíduos,
decerto que, a breve tempo, a retina seria espelho morto nas trevas,
e se o tronco, por sentir-se guindado a pequena altura, condenasse
os pés por viverem ao contato do solo, rolaria o corpo sem equilíbrio.”
E, de nossa parte, ousaríamos acrescentar à antiga fábula que
tudo, no campo da seqüência da natureza, é solidariedade e cooperação.
Se os braços desaparecerem, os pés se fazem mais ágeis; em
sobrevindo a surdez, acusa o olhar penetração mais intensa; se a
visão surge apagada, o tacto mais amplamente se desenvolve; se o
baço é extirpado, a medula óssea trabalha com mais afinco, de
modo a satisfazer as necessidades do sangue.
Qual acontece no mundo orgânico, a Doutrina Espírita é um
grande corpo de revelações e de bênçãos, no qual cada médium
possui tarefa específica.
Esse esclarece...
Aquele consola...
Outro pensa feridas...
Aquele outro anula perturbações...
Esse incorpora sofredores angustiados...
Aquele transmite elucidações de instrutores devotados à grande
beneficência...
Outro recebe a palavra construtiva...
Aquele outro se incumbe da mensagem santificante...
Como é fácil observar, o passe curativo é irmão da prece confortadora,
a desobsessão é o reverso da iluminação espiritual e o
verbo fulgente da praça pública é outra face do livro que o silêncio
abençoa.
Em nossa esfera de serviço, portanto, já que prescindimos do
profissionalismo religioso, não existem médiuns-pastores, médiuns-
gerentes, médiuns-líderes ou médiuns-diretores, porquanto a
cada qual de nós cabe uma parte do grande apostolado de redenção
que nos foi atribuído pela Espiritualidade Maior.
E se todos nós, em conjunto, temos um mentor a procurar e a
ouvir de maneira especialíssima, no plano da consciência e no
santuário do coração, esse Mentor é Nosso Senhor Jesus-Cristo – o
Sol do Amor Eterno – a cuja luz, no grande dia de nossos mais
altos ajustamentos, deveremos revelar em nós mesmos a divina
essência da Sua lição divina:
– ”A cada qual por suas obras”

(Cairbar Schutel, na obra "O Espírito da Verdade", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"MISSÕES"

"Reunião pública de 27-3-61
1a. Parte, cap. III item 14."
 

"Aspiras à posição dos grandes administradores; entretanto, não sopesas as
responsabilidades que lhes requeimam a fronte, quais invisíveis anéis de fogo.
Anelas o renome dos grandes juízes, mas não sabes em quantas ocasiões padecem,
agoniados, para não caírem nos erros de consciência.
Desejas a fama dos grandes cientistas; contudo, não indagas quanto ao preço que pagam à
disciplina, para manterem fidelidade às suas obrigações.
Queres as vantagens dos grandes industriais; no entanto, desconheces a imensa luta em
que se desgastam.
Abraça a atividade singela que o mundo te reservou, respeitando a importância da vida.
Se a experiência de sacrifício te chama a decifrar-lhe os segredos, lembra-te do alicerce que
se esconde no solo, preservando a segurança da construção.
Se o apostolado familiar é a renúncia que te compete, recorda que não existem
personalidades notáveis, entre os homens, sem o devotamento silencioso de mães e pais,
professores e companheiros que se apagam, pouco a pouco, a fim de que elas se levantem
na evidência terrestre, à feição das obras-primas de estatuária, em pedestais obscuros.
O arado que semeia é irmão da pena que escreve.
A cozinha dedicada à química do alimento é outra face do laboratório consagrado à química
das aplicações científicas.
Diante da Lei, todas as tarefas do bem são missões de caráter divino.
Atende, pois, de coração alegre, ao dever que te cabe, e, se ninguém na Terra dá conta de
teus passos, ignorando-te a presença, nem por isso abandones o trabalho humilde que a
vida te confiou, na certeza de que Deus é também o Grande Anônimo, a ensinar-nos, na
base de toda a sabedoria e de todo o amor, que o mais alto privilégio é servir e servir.
"

("Justiça Divina", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"MISERICÓRDIA SEMPRE"

"Conta-se que Jesus, após haver lançado a parábola do Bom Samaritano,
entraram os apóstolos no exame da conduta dos personagens da narrativa.
E porque traçassem fulminativas reprovações, em torno de alguns deles, o Cristo
prosseguiu no ensinamento para lá do contato público:
- “Em verdade, - acentuou o Mestre, - referindo-nos ao próximo, ante as
indagações do doutor da Lei, à frente do povo, a lição de misericórdia tem raízes
profundas.
Quem passasse irradiando amor na estrada, onde o viajante generoso
testemunhou a solidariedade, encontraria mais amplos motivos para compreender
e auxiliar.
Além do homem ferido e arrojado ao pó claramente necessitado de socorro, teria
cuidado de apiedar-se do sacerdote e do levita, mergulhados na obsessão do
egoísmo e carecentes de compaixão;simpatizar-se-ia com o hoteleiro,
endereçando-lhe pensamentos de bondade que o sustentassem no exercício da
profissão; compadecer-se-ia dos malfeitores, orando por eles, a fim de que se
refizessem, perante as leis da vida, e, tanto quanto possível ampararia a vítima
dos ladrões, estendendo igualmente as mãos operosas e amigas ao samaritano
da caridade, para que se lhe não esmorecessem as energias na tarefas do bem”.
E diante dos companheiros surpreendidos o Mestre rematou:
_ “Para Deus, todos somos filhos abençoados e eternos, mas enquanto a
misericórdia não se nos fixar nos domínios do coração, em verdade não teremos
atingido o caminho da paz e o reino do amor”.
"

("Emmanuel, na obra "Coragem",  Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"NA GLEBA DO MUNDO"

"Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende.
Este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um”.
- JESUS. (Mateus, 13:23.).
 

"Efetivamente, a vida é comparável ao trato de solo que nos é concedido cultivar.
Ergue-te, cada dia, e ampara o teu campo de serviço, a fim de que te incumbes. O terreno é
o próximo que te propicia colheita.
Lavrar o talhão é dar de nós sem pensar em nós.
Basta plantes o bem para que o bem te responda. Para isso, no entanto, é imperioso agir e
perseverar no trabalho.
Nunca esmorecer.
Qual ocorre na lavoura comum, é preciso contar com aguaceiro e canícula, granizo e vento,
praga e detrito.
Não valem reclamações. Remova a dificuldade e prossegue firme.
Acima de tudo, importa o rendimento da produção para o benefício de todos.
Se alguém te despreza, menoscabando a suposta singeleza do encargo que te coube,
esquece a incompreensão alheia e continua plantando para abastança geral.
Muita gente não se recorda de que o pão alvo sobe à mesa à custa do suor de quantos
mergulham as mãos no barro da gleba, a fim de que a semente possa frutificar.
Quando essa ou aquela pessoa te requisite a descanso, sem que a tua consciência acuse
fadiga, não acredites nessa ilusão.
A ferrugem do ócio consome o arado muito mais que a movimentação no serviço.
Trabalha e confia, na certeza de que o Senhor da Obra te observa e segue vigilante.
Não duvides, nem temas.
Dá o melhor de ti mesmo a Seara da vida, e o Divino Lavrador, sem que percebas,
pendurará nas frondes do teu ideal a floração da esperança e a messe do triunfo.
"

("Ceifa de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"ACONTECE O MELHOR"

"Rendição a Deus, a atitude certa para a vitória na vida.
Essa entrega, porém, não significa desistência de ação ou moleza espiritual.
Primeiro, o dever retamente cumprido. Depois, a aceitação. Nessa base,
reconheceremos que as circunstâncias nos trazem aquilo de melhor que a existência nos
possa oferecer.
No mecanismo das ocorrências, a oração ou o desejo expressam o pedido. Os
acontecimentos posteriores consubstanciam a resposta da vida; e quem cumpre as
obrigações que a vida lhe assinala, mantém a consciência segura e habilitada seja ao
entendimento, seja à conformação.
No espírito harmonizado com a execução dos próprios compromissos, não há
lugar para o desespero. Se alguma dor aparece, ela se representa como sendo o mal
menor frustrando calamidades pendentes; problemas inesperados exprimem dilações
necessárias em assuntos graves, cuja solução imediata geraria conflitos ainda mais
inquietantes; supostas ingratidões repontam do solo afetivo, à maneira de poda na
árvore da existência, favorecendo mais ampla produção de felicidade e paz; e a própria
morte natural, quando visite o lar terrestre, às vezes menos compreendida, è providencia
abençoada, evitando calvários pessoais e domésticos ou coibindo acontecimentos
funestos de resultados imprevisíveis.
Ante as dificuldades do cotidiano, silenciemos quaisquer impulsos à rebeldia, e
calemos reações irrefletidas à frente dos empeços da estrada.
Deus responde certo.
Atendamos ao trabalho que as circunstâncias nos preceituam e, depois do dever
cumprido, aceitemos o que vier, na certeza de que para a consciência tranqüila acontece
o melhor
."

("Alma e Coração", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

"NA ESCOLA DA VIDA"


"Reunião pública de 13-3-61
1ª Parte, cap. VII, § 23"

"De alma confrangida, observas os semelhantes, considerados na Terra em faltas e culpas
maiores que as tuas.
De muitos deles, tens notícias que assombram, e sabes de outros muitos positivamente
estirados na delinqüência.
Agitam-se alguns, por ignorância, sob as tenazes do crime.
Vários conhecem que amargas conseqüências recolherão, mais tarde, e, apesar disso
rendem-se, inermes, às garras da tentação.
Declaram-se outros adeptos da virtude e rolam na crueldade.
E outros, ainda, que te animavam à fé, permanecem na retaguarda, entregues ao
desespero...
Junto deles, há quem diga: “são almas empedernidas”.
E, há quem reforce: “são feras em forma humana”
Entretanto, ainda mesmo te arroles entre as vítimas, carregando o peito dilacerado, não
ergas a voz para persegui-los. Estão marcados em si mesmos pelo remorso que trazem no
seio.
Não é necessário te aproximes com vergastas para zurzir-lhes a carne. Além de sitiados na
dor do arrependimento, quase sempre transitam em cárceres de amargura ou respiram
exilados do carinho doméstico, sorvendo lágrimas de aflição.
Em lugar de fel e desprezo, dá-lhes amor e esperança, a fim de que despertem a vontade
entorpecida para o campo do bem.
Diante de todos eles, nossos irmãos enganados na sombra, abençoa e ora... e, se te
agridem, desvairados e inconscientes, abençoa e ora de novo, na certeza de que Deus a
ninguém abandona e, ainda mesmo para os filhos mais depravados, providenciará reajuste,
através da reencarnação, que é a escola da vida, a levantar-se, divina, do bendito colo de
mãe."

("Justiça Divina", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 3 de abril de 2012

"CARIDADE E RIQUEZA"


“ Pois somos a feitura dele, criados em Jesus Cristo
para boas obras.” – Paulo – (EFÉSIOS, 2:10)

"Se acreditas que apenas o ouro é base corrente da caridade, lembra-te de Jesus,
que enriqueceu a terra sem possuir uma pedra onde repousar a cabeça.
Descerrando o próprio coração, ei-lo a espalhar os bens imarcescíveis do Espírito.
Fez luzir a estrela da humildade à frente dos poderosos.
Ensinou aos discípulos a verdade sem afetação.
Deu assistência aos enfermos.
Forneceu coragem aos desalentados.
Ministrou consolação aos aflitos.
Imprimiu visão nova aos olhos de Madalena.
Acendeu súbita claridade no ânimo de Zaqueu. Envolveu em compassivo
entendimento a incompreensão de Judas.
Cercou de bondade o esmorecimento de Simão Pedro.
Endereçou bênçãos de compaixão à turba desenfreada aos pés da cruz.
Brindou o mundo com o esquecimento do mal, retomando-lhe o convívio, depois do
túmulo.
Recorda, pois, que também podes distribuir das riquezas que fluem de ti próprio,
cuja aquisição é inacessível à moeda comum.
Oferece aprovação e estímulo ao bem, apoio e conforto à dor...
Estende ternura e simpatia, concurso e fraternidade...
Espalha compreensão e esperança entre aqueles com quem convives e recebe com
gentileza e bondade aqueles que te procuram...
Não aguardes sobras na bolsa para atender aos planos da caridade.
Lembra-te de que o amor é inesgotável na fonte do coração, e de que Jesus, ainda
hoje, com Deus e com o amor, vem multiplicando, dia a dia, os eternos tesouros da
Humanidade."

("Palavras da Vida Eterna", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)